quarta-feira, fevereiro 11, 2015

Recife é um riso

É o vento, o mormaço, a alegria e a poesia transmutada no rosto das pessoas locais. A felicidade em Recife está em um pote de doce em conserva comprada no Mercada São José ou até na gritaria e muvuca do trânsito recifense – e que gritaria! Vem e vai, o encanto das pessoas envolve - e como envolve!

A alegria está nas ruas, nas mímicas e entrega  do pernambucano ao tentar se comunicar com um estrangeiro, na poesia de João Cabral de Melo Neto ou na moça bonita da praia de Boa Viagem, do Valença. Em todos os lugares, os olhares saúdam um "seja bem-vindo".

Os risos pernambucanos são como uma flecha! Daquelas que o Michelangelo costumava se esquivar, mas que Da Vinci acatava como um novo projeto de amor, uma paixão súbita. E está no ar! O amor sempre está no ar, mas aqui ele vive em cada partícula do vento ou da água do mar.

O Recife de Bandeira era Veneza, o de Lenine um leão e o de Otto uma pérola. O meu é pirata, porque pirata vem e vai, mas como todo viajante, deixa um pouco de si no lugar - e leva um tanto mais. E esse pouco transforma-se em um sorriso.

E Recife, meu riso é tão feliz contigo!!! 

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